Viver a vida tem muito que se lhe diga
Levamos toda a nossa vida a construir, vivemos para morrer,
parece cruel dito assim, mas é a verdade.
Cada um de nós é dono da sua própria vida, mas no percurso,
dito vida, é enriquecido, ou empobrecido por outras pessoas
que nos deixam marcas, por vezes tão profundas, que nunca
saiam, mesmo ao longo de muitos anos. Assim se vai formando
o tal ser humano, bom ou mau.
Nascer e morrer todos nós somos iguais, é verdade, só que no
longo caminhar, o berço em que nasceste te vai ajudar a te
aceitarem ou reprimirem, para modificares essa dita vais ter
de lutar com garras de coragem e brio.
Os nossos pais, são o elo de ligação para o mundo, são eles
que nos trazem para a vida, ensinam-nos os seus valores, as
suas raízes, como devemos caminhar no mundo, que por vezes
é uma selva, é o salve-se quem poder.
A sociedade onde vives faz mais de metade do que tu és.
É tão curta esta passagem, e ainda assim, querem por vezes
viver a vida do outro, já pensaram que somos muitas vezes
infelizes, por que os outros seres nos fazem infelizes.
Como é triste, saber que foi eu que fiz outro ser humano sofrer.
Não existe nada no mundo tão belo, como o amor, quem faz
os outros seres sofrer, jamais será feliz também.
Quando você nasceu, você chorou e o mundo alegrou-se.
Vamos viver a nossa vida de forma que quando morrermos,
o mundo chore e você se alegre, porque fez feliz quem
passou por vós.
Alguém um dia disse, que a vida é uma festa. Nós chegamos
depois que começou e saímos antes que acabe.
O que você deixa para trás não é o que é gravado em
monumentos de pedra, mas o que é tecido nas vidas de outros,
O que vale na vida não é o ponto de partida, e sim a caminhada,
a vida é como um livro, que deve ser folheado página por página
sem se consultar o índice.
Viver cada dia, com tudo a que temos direito, sem magoar ninguém
deitar à noite e dizer hoje não fiz infeliz ninguém.
Viver a vida tem muito que se lhe diga.
Albertina Pinheiro
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Crise já não te posso ouvir
A crise, palavra que ouvimos ultimamente a toda a hora,
usam e abusam em várias conversas.
Estou a ficar um pouco revoltada com esta palavra, usada
a torto e a direito, será que temos crise no Pico?
Eu acho, ou tenho a certeza que na nossa ilha ainda há
trabalho, boas habitações, boas estradas, toda a gente anda
bem vestida, então o que é crise? Quando eu era uma
criança ou mesmo uma jovem, assim como muitos do meu
tempo, um ovo era para a família, juntava-se cebola, salsa
e muita malagueta, batatas brancas já não havia pelo natal
para colocar na sopa, era couves, com um pouco de farinha
de milho, para ficar mais basto, era chamada sopa solteira.
E os nossos Idosos, que tinham de trabalhar até poder,
cultivar tudo para comer, ou deixar a sua casa a um filho
ou alguém que o quisesse velar, pois não tinham reforma.
Ter uma avó 4 anos enferma, sem ter fraldas dadas pela
segurança social, um avô que cortou uma perna, a outra
apodreceu, é mesmo esta a palavra, era a minha mãe que
fazia o penso e cadeira de rodas? Não havia, fez-lhe o meu
pai umas (moletas) de pau, hoje temos as canadianas.
Veio a fábrica a Tunapesca muitas raparigas e senhoras aí
faziam o seu dia de trabalho, mas ao chegar a casa não
tinham máquina de lavar, microondas e os filhos não
tinha creche. Muitas das nossas crianças em idade escolar
iam ao mato tirar leite a vacas e cabras e voltar para a
escola, não com bons sapatos nos pés, nem boa roupa
para os abrigar do frio e, estudavam, muitas inteligências
se perderam por falta de oportunidades.
Então a crise chegou ao Pico?
A crise, palavra que ouvimos ultimamente a toda a hora,
usam e abusam em várias conversas.
Estou a ficar um pouco revoltada com esta palavra, usada
a torto e a direito, será que temos crise no Pico?
Eu acho, ou tenho a certeza que na nossa ilha ainda há
trabalho, boas habitações, boas estradas, toda a gente anda
bem vestida, então o que é crise? Quando eu era uma
criança ou mesmo uma jovem, assim como muitos do meu
tempo, um ovo era para a família, juntava-se cebola, salsa
e muita malagueta, batatas brancas já não havia pelo natal
para colocar na sopa, era couves, com um pouco de farinha
de milho, para ficar mais basto, era chamada sopa solteira.
E os nossos Idosos, que tinham de trabalhar até poder,
cultivar tudo para comer, ou deixar a sua casa a um filho
ou alguém que o quisesse velar, pois não tinham reforma.
Ter uma avó 4 anos enferma, sem ter fraldas dadas pela
segurança social, um avô que cortou uma perna, a outra
apodreceu, é mesmo esta a palavra, era a minha mãe que
fazia o penso e cadeira de rodas? Não havia, fez-lhe o meu
pai umas (moletas) de pau, hoje temos as canadianas.
Veio a fábrica a Tunapesca muitas raparigas e senhoras aí
faziam o seu dia de trabalho, mas ao chegar a casa não
tinham máquina de lavar, microondas e os filhos não
tinha creche. Muitas das nossas crianças em idade escolar
iam ao mato tirar leite a vacas e cabras e voltar para a
escola, não com bons sapatos nos pés, nem boa roupa
para os abrigar do frio e, estudavam, muitas inteligências
se perderam por falta de oportunidades.
Então a crise chegou ao Pico?
domingo, 22 de agosto de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
OFERTA DA MINHA NETA
AVÓ
Caminhas lenta mas segura
Tens no cabelo a cor da sabedoria
E dentro a força que acalma.
E a claridade e lucidez no olhar,
A força transmitida em cada pensamento
Tornam-te a trave mestra do nosso lar,
A senhora de cada momento.
Semeadora sem descanso,
Marcada pela ansia de transmitir,
Todo o teu saber aos outros
Artista na arte de criar.
E no final a bondade de dar
Sem nunca esperar receber
E sorrir para afastar a tua tristeza
Caminhando sem nada temer
Caminhando com a tua certeza
A certeza de quem sabe viver
Te amamos avó de todo o coração
Neta Beatriz
Adorei minha neta querida
que bom é viver para receber tudo isto
Caminhas lenta mas segura
Tens no cabelo a cor da sabedoria
E dentro a força que acalma.
E a claridade e lucidez no olhar,
A força transmitida em cada pensamento
Tornam-te a trave mestra do nosso lar,
A senhora de cada momento.
Semeadora sem descanso,
Marcada pela ansia de transmitir,
Todo o teu saber aos outros
Artista na arte de criar.
E no final a bondade de dar
Sem nunca esperar receber
E sorrir para afastar a tua tristeza
Caminhando sem nada temer
Caminhando com a tua certeza
A certeza de quem sabe viver
Te amamos avó de todo o coração
Neta Beatriz
Adorei minha neta querida
que bom é viver para receber tudo isto
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Amor de Mãe
O Amor de mãe pode ser traduzido
em uma palavra: doação.
Falar desse sentimento é entender
que ele é a mais completa forma de amor.
Um amor que se dá, sem nada em troca.
Coloca em primeiro plano o bem-estar,
a segurança de um outro ser.
Impossível falar da mãe,
sem falar da pureza de um amor,
que diante de todo o sofrimento disse Sim: Maria.
Todas as mães,olham com lágrimas nos olhos o presente
e o futuro dos seus filhos.
Talvez seja por isso que a mãe de Jesus e também a nossa mãe Maria
se expressa em cada olhar de uma mãe,
em cada gesto de doação da mulher.
No rosto de uma mulher que assume
a maternidade inteiramente,
mesmo diante de tudo o que há de vir,
há a presença iluminada de um lado vivo, O AMOR,
Mãe do céu abençoa todas as mães do mundo, amem.
O Amor de mãe pode ser traduzido
em uma palavra: doação.
Falar desse sentimento é entender
que ele é a mais completa forma de amor.
Um amor que se dá, sem nada em troca.
Coloca em primeiro plano o bem-estar,
a segurança de um outro ser.
Impossível falar da mãe,
sem falar da pureza de um amor,
que diante de todo o sofrimento disse Sim: Maria.
Todas as mães,olham com lágrimas nos olhos o presente
e o futuro dos seus filhos.
Talvez seja por isso que a mãe de Jesus e também a nossa mãe Maria
se expressa em cada olhar de uma mãe,
em cada gesto de doação da mulher.
No rosto de uma mulher que assume
a maternidade inteiramente,
mesmo diante de tudo o que há de vir,
há a presença iluminada de um lado vivo, O AMOR,
Mãe do céu abençoa todas as mães do mundo, amem.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Visita não convidada ( Cancro)
(continuação)
Tem de ser sempre o doente em primeiro lugar, sim é verdade,é ele que tem a doença, as dores, mas e a família quem ajuda,sim,porque com esta chata visita tudo se modifica em toda a família, vive-se á volta deste grande problema como se vários caminhões tires passassem por cima de nós.
Temos de sofrer, partilhar aliviava, mas como, se temos de poupar o doente,
estar sempre com boa disposição,por vezes acho que a vida torna-se maior que a própria vida.
Mesmo dentro de uma sala de tratamentos vejo o amor de Deus batendo á porta e dizendo força, eu estou aqui, estamos na quaresma, tenho a certeza que Jesus Cristo
deu a vida por nós é essa força que me alimenta no dia a dia.
Um ser humano doente é completamente diferente, de quando está de saúde, tudo é gigantesco.
Dúvidas, o aceitar cada dia o que se está a passar, tem de ser um ser humano muito formado psicologicamente para saber lidar com muitos factores,a boa disposição vai embora, de tudo se duvida,a vida é tão bela,mas a correria do dia a dia nem vemos as belezas que estão á nossa volta.
Este meu desabafo hoje é para a família, nunca deixando o maior apoio ser para o doente.
( volto a escrever)
Tem de ser sempre o doente em primeiro lugar, sim é verdade,é ele que tem a doença, as dores, mas e a família quem ajuda,sim,porque com esta chata visita tudo se modifica em toda a família, vive-se á volta deste grande problema como se vários caminhões tires passassem por cima de nós.
Temos de sofrer, partilhar aliviava, mas como, se temos de poupar o doente,
estar sempre com boa disposição,por vezes acho que a vida torna-se maior que a própria vida.
Mesmo dentro de uma sala de tratamentos vejo o amor de Deus batendo á porta e dizendo força, eu estou aqui, estamos na quaresma, tenho a certeza que Jesus Cristo
deu a vida por nós é essa força que me alimenta no dia a dia.
Um ser humano doente é completamente diferente, de quando está de saúde, tudo é gigantesco.
Dúvidas, o aceitar cada dia o que se está a passar, tem de ser um ser humano muito formado psicologicamente para saber lidar com muitos factores,a boa disposição vai embora, de tudo se duvida,a vida é tão bela,mas a correria do dia a dia nem vemos as belezas que estão á nossa volta.
Este meu desabafo hoje é para a família, nunca deixando o maior apoio ser para o doente.
( volto a escrever)
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Visita não convidada ( Cancro)
Que feio entrar em casa de alguem sem ser convidado, digo eu tantas vezes para esta visita que se instalou aqui na minha casa há um ano.
É mal disposta, nunca sabe como estar, vou vos dizer o nome deste meu visitante,sabem
até dizer seu nome é difícil,ele se chama cancro, é muito feio mesmo horrivél,trouxe-nos muitas dores, sofrimentos, viajens dolorosas, quero vos dizer que toda a família sofre, pois não precisava nos visitar de novo já por aqui tinha passado e deixou muitas scuelas,a luta constante dentro de nós.
Passamos noites sem dormir, muitos remédios que por vezes nem passam as dores, faço-te aqui um pedido nunca entres em casa de ninguem, deixa as pessoas serem felizes estes tão poucos dias que são a vida de um ser humano.
Há o outro lado da história, o hospital, vemos caras novas, caras desconhecidas,
vemos que não estamos sós, mas viver é isso mesmo. A doença cura-se em alguns mais depressa, noutros mais devagar... Acreditem: sorrir e conversar ajuda muito,ver o sorriso de todo pessoal... Médicos, enfermeiros, pessoal administrativo, pessoal Auxiliar, que todos são de uma humanidade que dá alivio ao doente e acompanhantes.
Todos eles ajudam a lidar com os mêdos escondidos e a seguir com esperança no dia a dia para se continuar com dignidade e coragem.
( volto a escrever)
É mal disposta, nunca sabe como estar, vou vos dizer o nome deste meu visitante,sabem
até dizer seu nome é difícil,ele se chama cancro, é muito feio mesmo horrivél,trouxe-nos muitas dores, sofrimentos, viajens dolorosas, quero vos dizer que toda a família sofre, pois não precisava nos visitar de novo já por aqui tinha passado e deixou muitas scuelas,a luta constante dentro de nós.
Passamos noites sem dormir, muitos remédios que por vezes nem passam as dores, faço-te aqui um pedido nunca entres em casa de ninguem, deixa as pessoas serem felizes estes tão poucos dias que são a vida de um ser humano.
Há o outro lado da história, o hospital, vemos caras novas, caras desconhecidas,
vemos que não estamos sós, mas viver é isso mesmo. A doença cura-se em alguns mais depressa, noutros mais devagar... Acreditem: sorrir e conversar ajuda muito,ver o sorriso de todo pessoal... Médicos, enfermeiros, pessoal administrativo, pessoal Auxiliar, que todos são de uma humanidade que dá alivio ao doente e acompanhantes.
Todos eles ajudam a lidar com os mêdos escondidos e a seguir com esperança no dia a dia para se continuar com dignidade e coragem.
( volto a escrever)
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